#AVISOAOSNAVEGANTES
Enquanto as Guardas Municipais não forem respeitadas e consolidadas definitivamente no contexto geral da Segurança Pública, EM DEFESA DO POVO, NÃO VOU PARAR DE ESCREVER!
#PORNAVAL
GOVERNO ACERTOU NA INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO DE JANEIRO
No dia 16 de fevereiro do corrente ano, foi decretada a Intervenção Federal na Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, e já está em vigor, através do decreto assinado pelo presidente da República, Michel Temer (MDB). Mas, para continuar valendo, precisava da aprovação do Congresso Nacional, o que ocorreu logo no dia 20.
Como Líder Nacional das Guardas Municipais.
Através da ONG SOS Segurança Dá Vida, da qual sou presidente, além de diretor do Conselho Nacional das Guardas Municipais – CNGM, única entidade representativa destas instituições, de acordo com a lei 13022/14 e seu artigo 20, no capítulo10.
Eleito e empossado neste ano juntamente com o atual presidente, Comandante da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo/SP, Inspetor Superintendente, Carlos Alexandre Braga. Momento que me vejo obrigado à escrever este artigo sobre o assunto, Intervenção Federal na Segurança Pública, que ganhou as primeiras páginas da mídia em todo o país e no mundo.
Como são vários os pontos que merecem atenção redobrada de todos, distribui o texto em subtítulos, a seguir;
O APOIO
A atitude do governo foi acertada e tem apoio da população, na sua maioria, nós também apoiamos esta intervenção, que já veio tarde. O sistema está muito ruim, totalmente corrompido, e não haveria alternativa a não ser esta tomada pelo MDB.
O decreto que traz esta medida, denominado Projeto de Decreto Legislativo – PDC 88/18, foi aprovado na Câmara dos deputados por 340 votos favoráveis e 72 contra. Já no Senado obteve 55 votos dos 70 Parlamentares presentes, 13 contrários e com apenas 1 abstenção. Esta medida vai durar até 31 de dezembro de 2018, durante este tempo, quem assume o comando das Policias carioca, dos Bombeiros e do Sistema Carcerário no estado do Rio de Janeiro é o General do Exercito Brasileiro, Walter Souza Braga Natto.
Nosso apoio só não é amplo, porque vários pontos ainda estão em discussão, apresentando várias falhas, e o mais grave entre todos, foi à falha imperdoável de não contar com os municípios, especificamente tratando aqui, da Guarda Civil Municipal do Rio de Janeiro que conta com quase 10 mil homens e mulheres, somente na capital e mais uns 10 mil no restante do estado, aproximadamente.
A MÍDIA
Este seguimento faz o seu papel, vezes criticando e outras vezes elogiando, mas quando a Imprensa age de forma neutra, como realmente manda a lei tradicionalista do jornalismo, percebem que este é o único caminho a ser percorrido pelo governo, se realmente o objetivo é brecar o crescimento da violência carioca e no país, devido ao caos que chegou.
Veja este episódio, como prova de falta de conhecimento de grande parte da Mídia, ouvindo o jornal da manhã na radio Jovem Pan FM no dia 16 de fevereiro deste ano, notei o desconhecimento total dos apresentadores quando falaram de um Guarda Municipal, suspeito de ter agredido uma pessoa, ali tocaram no assunto arma e porte de armas, muito superficialmente, confundindo totalmente a população. E porque não dizer, até distorcendo uma noticia importante, algo tão claro e consolidado, constitucionalmente, que é a questão do armamento das Guardas Municipais. (Leis 10826/03 e 13022/14)
Sobre o caso da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro ocorre também o desconhecimento por parte de muitos, a Mídia, nos últimos dias, só tem tratado deste tema, inclusive no exterior, no La Nación e The New York Times, o que vem a comprovar que melhorou superficialmente a situação do governo perante a população brasileira.
NA POLÍTICA
Neste quesito, é onde o ato da Intervenção Federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro ganhou mais espaço, é notório o crescimento do governo, chegando a preocupar adversários políticos de diversos partidos. O ponto crucial deste crescimento se dá a desistência da PEC 287/16, Reforma Previdenciária, levando o tema ao esquecimento, que outrora era a bandeira do governo. Tal procedimento, uma vez, aprovado por ambas as casas de leis do Congresso Nacional, conforme a Constituição Federal de 1988 reza, impossibilitará a aprovação de todos os projetos durante a Intervenção Federal em um Estado.
Por outro lado, notei uma frase inteligente publicada em jornal de grande circulação em Brasília, estou falando do líder do MDB na câmara, Baleia Rossi, disse que a medida vai trazer alívio para a população.
Está corretíssimo o Deputado Federal por São Paulo, além do alívio que trará, nos últimos anos, a população clama por Segurança Pública de verdade e nada se fez durante anos e anos, a não ser a aprovação do Estatuto Geral das Guardas Municipais, Lei 13022/14. E independentemente das falhas, críticas ou elogios sobre a Intervenção Federal, enfim o governo está tendo a coragem e a ousadia de programar o que poderá ser a salvação da Segurança Pública no Brasil inteiro. Isso, evidentemente, corrigindo imediatamente e integrando o município ao programa, e urgentemente. Ato político ou não, o povo gostou e muito, brotou uma esperança de melhoria na esquecida Segurança Pública.
NOSSA SUGESTÃO
Diante de tantos questionamentos, críticas e elogios, para finalizar este simples texto, escrito por quem realmente sentiu e sente a dor da violência na pele, pois através desta criminalidade, violência incontestável, perdi 3 filhos e 1 irmão assassinados na periferia de Carapicuíba/SP. E é com pesar que bato nesta tecla, mas é isso que me dá o direito de dissertar e opinar sobre o assunto, além de toda formação acadêmica.
Ao ler o decreto, também percebi vários vícios, mas de face a face com a idéia, gostei, mesmo sabendo que as Guardas Municipais não foram citadas logo no primeiro momento, seguindo a cultura antiga e arcaica de que Guarda Municipal não faz parte da Segurança Pública, erro crucial que não podemos continuar cometendo. Esta Intervenção Federal, jamais poderá deixar o ente federativo municipal fora deste contexto, pois é na cidade, conforme pronunciamento do atual Ministro da Justiça, Excelentíssimo Senhor Torquato Jardim, no 10º Congresso Brasileiro de Câmaras Municipais, palestrando sobre Desafios da Segurança Pública no Brasil, acentuando que o crime acontece na cidade e é a Guarda Municipal que identifica primeiro e faz este papel de proximidade das forças de segurança já existentes.
Neste viés, vou muito mais além, concordando e ousando a dizer que, sem a integração da Guarda Municipal neste projeto da Intervenção Federal, o controle da violência hoje no país é impossível, pois é este órgão da Segurança Pública Municipal, que está criado e implantado, é a única ferramenta concreta do município que está presente neste seguimento, realizando o Policiamento Preventivo. E sendo assim, por uma simples razão, até porque esta Intervenção Federal no estado do Rio de Janeiro é a primeira experiência, desde a promulgação da Constituição de 1988. Portanto é um experimento, um laboratório a ser repensado, principalmente na capital carioca, onde a Guarda Municipal com um contingente de quase 10 mil Agentes lutam para ser estruturados de acordo com a lei 13022/14, onde jamais poderão ser ignorados em um projeto desta envergadura, amplitude e ousadia.
Partindo para os finalmentes, este mês, mais precisamente no dia 02 de março de 2018, estaremos na I MARCHA AZUL MARINHO RONDONIENSE NA CIDADE DE ARIQUEMES, única cidade que criou Guarda Municipal no estado, aliás, idealizada pelo atual Governador Confúcio Moura, (MDB), que à época era o Prefeito de Ariquemes. Sobre a Intervenção Federal no Rio, comentou que neste projeto não podem ignorar o trabalho que não é realizado nas fronteiras do país, de onde entram as armas, munições e drogas, por diversas maneiras de transportes ilegais e que o governo federal não investe. Já a Prefeita de Boa Vista, Teresa Surita, (MDB), fez uma declaração em entrevista no jornal da manhã, Jovem Pan, que o maior problema que enfrenta hoje na cidade é a imigração que acontece de forma aleatória e sem políticas públicas de emergência. Ela por sua vez tem uma excelente Guarda Municipal.
Para finalizar, entrei neste mérito, justamente para explicar e esclarecer minha defesa, onde o governo não pode projetar, criar, inventar nesta área da Segurança Pública sem contar com os trabalhos das Guardas Municipais. São estas instituições municipais, deste ente federativo, que existem de fato e direito, órgãos concretos, realizando um trabalho aprovado e comprovado pela sociedade, cientificamente, conforme CNI-Ibope confirmou desde 2013, como sendo a terceira força de Segurança Pública que o povo mais confia. E sendo assim, defendo a tese que enquanto toda esta política pública estrutural venha, podendo demorar muito, o povo só suportará a violência com a ajuda e defesa das Guardas Municipais realizando sua atribuição precípua que é o Policiamento Preventivo, enquanto o Exercito Brasileiro faz seu contingenciamento em várias localidades do estado do Rio de Janeiro, as Guardas Municipais cuidam da Segurança Pública/Urbana, nas cidades, podendo colaborar diretamente neste controle, para tanto, obviamente que deverão estar reestruturadas conforme reza a lei 13022/14.
Já em outros estados no dia da I MARCHA AZUL MARINHO RONDONIENSE NA CIDADE DE ARIQUEMES vamos redigir oficialmente esta propositura e constar em carta aos Excelentíssimos Senhores, Presidente da República do Brasil, Michel Temer, aos Ministros da Defesa Raul Jungman, Ministro da Justiça Torquato Jardim. Enviaremos também aos Líderes Partidários, Câmara dos Deputados e Senado Federal, além dos Governadores, Secretários Estaduais, Prefeitos e Câmaras Estaduais, Câmaras Municipais, Secretários de Segurança Pública Municipal e toda Nação Azul Marinho, buscando sempre o apoio do povo brasileiro.
Nesta carta constará também, nossa próxima MARCHA AZUL MARINHO À BRASÍLIA, que será a XIV edição, seguida do nosso grande X Seminário Nacional das Guardas Municipais e Segurança Pública no Plenário da Câmara Federal, Nereu Ramos com temas relativos à Intervenção Federal, Ministério da Segurança Pública, a ser criado, Ministério da Justiça, Senasp, entre outros assuntos pertinentes.
Mauricio Domingues da Silva – NAVAL
Presidente da ONG SOS Segurança dá Vida
Diretor de Mobilizações e Eventos do Conselho Nacional das Guardas Municipais
Inspetor de Divisão da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Pós Graduado em Comando de Guardas Municipais e Gestão de Segurança Pública
Fontes:
http://maisro.com.br/confucio-moura-critica-intervencao-federal-no-rj/
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/02/5514495-enquete-voce-concorda-com-a-intervencao-federal-no-rio.html
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/02/21/veja-como-votou-cada-senador-sobre-o-decreto-de-intervencao-federal-na-seguranca-do-rio.htm
http://radios.ebc.com.br/reporter-nacional/2018/02/camara-pode-votar-hoje-intervencao-no-rio-de-janeiro
http://jovempan.uol.com.br/programas/jornal-da-manha/gcm-e-suspeito-de-agredir-ator-em-shopping-de-sp-segundo-a-policia.html
https://www.nytimes.com/reuters/2018/02/16/world/americas/16reuters-brazil-security.html?partner=IFTTT
https://www.lanacion.com.ar/2109720-por-la-ola-de-violencia-temer-decretara-la-intervencion-militar-del-estado-de-rio-de-janeiro
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/02/16/o-que-a-intervencao-federal-no-rj-tem-a-ver-com-a-reforma-da-previdencia.htm
http://www.justica.gov.br/news/guarda-municipal-e-seguranca-cidada-contra-a-violencia